26 de agosto de 2012. Hoje, faltando menos de três meses
para receber meu diploma, é quando finalmente percebo: não fui eu quem escolheu
a Medicina. Deus foi quem me escolheu para ser Médico. E eu, sinceramente, não
entendo o porquê. De verdade, penso que seria melhor em muitas outras
atividades. Mas agora, entendi que Ele quis me conduzir por esse caminho, e já
vinha moldando meus passos desde que ainda era criança. Pensava que poderia ser
desejo do meu pai, da minha mãe, e meu, é claro. Mas tudo parece mais claro
agora. Não conseguiria, eu próprio, tirar de mim força para enfrentar tantos
obstáculos, ao longo de todos esses anos de preparação para obter meu diploma –
muitos anos, pois não foram apenas os seis da faculdade, mas desde o Ensino Médio
e o cursinho pré vestibular, quantas não foram as horas despendidas para o
estudo, tanto estresse, tanta cobrança, tantas abdicações...
Contudo, se assim Ele quis, sinto-me mais reconfortado, pois
tenho plena confiança no meu sucesso, sabendo quem verdadeiramente me guia. Choro,
não de tristeza, mas de extrema felicidade. Não me julgo competente o
suficiente para tamanha honra. Entretanto, me recordo do Salmo 23, me dizendo “O
Senhor é meu pastor, e nada me falta. Em verdes campos me faz repousar,
conduz-me até as fontes tranqüilas e reanima minha vida. Ainda que eu ande pelo
vale das trevas, não temo mal algum, porque estás comigo.”. Que assim seja!
Sei que está parecendo discurso de formatura (que está muito,
muito perto!!), mas a necessidade de escrever e compartilhar meus pensamentos é
maior que o cansaço. Agradeço a todos que tem se preocupado comigo, contribuindo
com energias positivas. E obrigado por terem tido paciência de ler este
desabafo!