Ouve tua respiração.
Ouve teu coração palpitar.
Ouve tua alma.
Há tanta coisa que não prestas atenção.
Sempre condicionado a olhar para o que está do lado de fora,
O que é palpável, visível, mensurável.
E esqueces da vida que se renova dentro de ti,
A cada inspiração,
A cada batimento do teu coração.
Tua alma tem sede,
Teu espírito tem fome.
Alimenta-os com o silêncio, com a poesia,
Com a percepção do espaço ao teu redor,
Com a beleza que os olhos não enxergam.
O maná que resplandece da natureza se manifesta à tua frente
Mas só é percebível ao silêncio interior.
Quietude.
Plenitude.
Descobre-te em teu silêncio.
Encontra-te em teu vazio.
Vazio cheio de vida, cheio de sons, formas e cores.
Teu vazio é teu.
A descoberta é tua.
Silencia, e escuta-te.
(Danillo Barros)