quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Estação

Me contaram que você partiu para uma viagem.
E seu  trem que não mais retornaria à estação de onde  saiu.
Você se calou. 
Emudeci também.
As dúvidas suspensas no ar. 
Difícil acreditar no que eu jamais acreditaria.
Era madrugada. 
Estava escuro. 
Ficou escuro. 
Nuvens carregadas pairavam sobre minha cabeça 
Bloqueavam a claridade,
Obscureciam minha visão, antes tão colorida.

Nada parece justo 
Quando vemos nossos sonhos escapando de nós, 
Sem termos tempo de dizer adeus.
Impotentes.
Mas não descrentes da vida.

Doces lágrimas compartilhadas
Nessa estação que não pertence a ninguém.

(Danillo Barros)